História da Fábrica Jerónimo Pereira Campos, Aveiro (1896-1923)

No fundo do canal de Aveiro apareceu a Fábrica Jerónimo Pereira Campos, concebida de acordo com as mais avançadas técnicas, contudo não produzia azulejo mas era fornecedora de matéria-prima para as empresas que os fabricava. 
Foi fundada em 1896 por Jerónimo Pereira Campos e seus dois filhos mais novos Henrique e João. 
A empresa nasceu num período de estagnação, que teve início com a crise de 1891 e que se prolongou até cerca de 1914. 

Apesar do crescimento urbano ser lento e da persistência da utilização do adobe na construção civil, a nova empresa não tinha concorrência entre o Porto e a Pampilhosa, para o tijolo e a telha tipo Marselha que saia dos seus fornos desde 1897. 

Aquando das dificuldades da conjuntura juntou-se desde 1903 a disputa do mercado regional pela Empresa Cerâmica da Fonte Nova, Lda, atrás mencionada. Pelo que, a empresa Jerónimo Pereira Campos & Filhos instala uma fábrica de vidro, abandonada em 1908, com a falência da fábrica rival.
A primeira guerra mundial marca o início de um período novo, surgindo assim novas unidades na região. 
João Pereira Campos afasta-se dos irmãos para fundar outra empresa de cerâmica de construção, a empresa Cerâmica Aveirense, contudo a Jerónimo Pereira Campos, Filhos soube consolidar a sua posição no sector, construindo uma imponente Fábrica, instalações que todos nós conhecemos, como Centro Cultural e de Congressos/ Câmara Municipal de Aveiro/ IEFP, e onde instala o mais equipamento mais moderno. 


Em 1923, a empresa transforma-se em sociedade anónima de responsabilidade limitada, com um capital de 2.700 contos.

Nas décadas seguintes foram, sucessivamente, integradas nas Fábricas Jerónimo Pereira Campos, Filhos, SARL, a Cerâmica de Viana, Lda., Fábrica de Alvarães (Viana do Castelo), em 1935; a Fábrica de Louça de Viana, Lda., da Meadela (Víana do Castelo), em 1949, e a Fábrica do Sabugo (Sintra). 

Em meados dos anos 60, alguns anos após a morte prematura de Ricardo Pereira Campos Júnior, as dificuldades aumentaram e a o controlo da empresa passa para o Banco Pinto de Magalhães.
Produziu excecionais peças utilitárias e decorativas em grés. 









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